sábado, 3 de abril de 2010

É isso

Atirou-se...
Revoando como uma ave
Foi ver o mundo
Sem nunca achar seu ninho

Atirou-se...
Fechou a porta e jogou a chave
Por aí fez vagar seu coração vagabundo
Envolto por pessoas, chorou sozinho

Atirou-se...
Preso em algo, talvez em um conclave
Que ao mesmo tempo é belo e imundo
Fez-se novamente pranto no caminho

Atirou-se?
Agora tanto faz
Atirou-se!
Agora jaz.