terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Aquele amor

Eu já fui anacoluto daqueles que grita:
Ela está bem, eu fico puto!
Talvez não seja mais anacoluto e sim inveja
Daquelas que depreda, dejeta e degrada.
Eu já fui hipérbole daquelas que nunca se cala
E fala, declara e arromba senzalas...
Para me fingir de escravo ou ser verdadeiramente um cativo
Ativo e hoje antigo.
Eu fico puto, mas ela está bem.
Virou algo muito plural, cheio de sentidos, um verdadeiro bacanal de figuras de linguagem...
E aí vira amargura, ela tão madura e eu aqui com tantos “poréns”
É, francamente, eu ando puto e a minha mente mente...

Fernando Tenório no lado experimental do hexágono de Espinosa

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